Termina agosto... A pitangueira flora...
a umbela verde cobre-se de alvura;
E, antes que de setembro finde a aurora,
Enrubesce a pitanga... Está madura.
Da flor, o fruto é de esmeralda, agora...
Num topázio, depois se transfigura,
E, pouco a pouco, um sol de estio a cora,
Dando a cor dos rubis á carnadura.
A pele é fina, a carne é veludosa,
Vermelha como o sangue, perfumosa
Como se humana a sua carne fosse...
Do fruto, às vezes, roxo, como o espargo,
A polpa tem um travo doce-amargo,
- O sabor da Saudade, amargo e doce...
FONTE – BLOG ASSU NA PONTA DA LÍNGUA
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