PALMYRA WANDERLEY filha do assuense Celestino Carlos Wanderley e Anna Guimarães Wanderley (neta do primeiro médico norte-rio-grandense, o assuense Dr. Luiz Carlos Wanderley), nasceu em Natal em 06 de agosto de 1894.
Palmyra foi uma mulher de pensamentos largos. Contribuiu ativamente
para o desenvolvimento social, político e histórico do Rio Grande do Norte,
cujas virtudes a inseriu no livro 400 Nomes de Natal publicado
no ano 2000 quando das comemorações dos 400 anos da cidade do Natal.
Poetisa, jornalista, teatróloga Palmyra dos Guimarães
Wanderley ou simplesmente "Palmyra Wanderley",
como era mais conhecida foi pioneira do jornalismo feminino norte-rio-grandense.
Fundou, juntamente com um grupo de poetisas e escritoras de sua época, a
revista Via Láctea - primeira publicação no Estado editada só
por mulheres, e que circulou entre 1914 e 1915.
Desde jovem colaborou com poemas, crônicas, discursos e saudações nos
jornais “A República”, “A Ordem”, “Diário de Natal” e “Tribuna do Norte” todos
estaduais. Essa atividade se estendeu a publicações de outros Estados, como os
jornais “A Republica”, “A União”, do Rio de Janeiro, a “Revista
Moderna”, de São Paulo, “Paladino do Lar”, da
Bahia, “Estrela”, do Ceará, entre outros.
Oriunda de uma família potiguar com forte tradição intelectual, estreou
em livro no ano de 1918, com Esmeraldas. Seu segundo livro de
poemas, Roseira Brava, publicado em 1929, recebeu menção
honrosa no Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, em 1930.
Palmyra Wanderley fez a leitura desse seu último livro na Academia
Pernambucana de Letras, sendo publicado por “A Revista da Cidade”, do
Recife. O livro também lhe valeu a seguinte referência do escritor
e crítico Tristão de Ataíde que disse o seguinte: “O maior poeta feminino do
Nordeste”.
Para o teatro, Palmyra Wanderley fez representar em 1924 a opereta “Festa
das Cores”, composta de dois atos intitulados “A glorificação” e “Coroação
da cor verde”.
Deixou várias obras inéditas, entre as quais Neblina da Vidraça (versos); Panorama
Histórico (Poesia e prosa); O Sonho da Menina Sem Sonho (teatro), Rosa
Mística (versos), Sutilezas Femininas (Crônicas)
Sobre a poesia de Palmyra Wanderley, comenta Veríssimo de Melo: "Há
momentos de indiscutível beleza, apesar dos versos de circunstancias que
escreveu as centenas. O preciosismo na forma, tão ao gosto dos poetas parnasianos,
e outro traço característico da sua poesia".
Palmyra Wanderley foi homenageada com uma rua na capital do Estado no
bairro das Quintas. Em Assu também existe uma rua que leva o nome de Palmyra
Wanderley - justas homenagens a esta grande mulher que faleceu no dia 19
de novembro de 1978.
FONTE – ASSU NA PONTA DA LINGUA
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